Em suas viagens internacionais, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) adotava medidas de segurança inusitadas, motivado pelo temor de ser alvo de envenenamento. Recentemente, mensagens obtidas pela Polícia Federal (PF) revelaram detalhes sobre o comportamento peculiar de Bolsonaro, como transportar malas contendo garrafas de água mineral e água de coco.
A descoberta dessas informações foi feita pelo colunista Guilherme Amado, do Metrópole, que teve acesso às mensagens trocadas entre os membros do grupo de WhatsApp dos ajudantes de ordem do ex-presidente. Em setembro de 2021, o tenente Alencar, um dos integrantes do grupo, comunicou ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que uma das malas com garrafas de água e água de coco não pôde ser embarcada devido ao excesso de peso. Esse episódio ocorreu durante uma viagem para Nova Iorque, onde Bolsonaro participaria da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). No final, Cid autorizou o embarque do conteúdo da mala.
A preocupação do ex-presidente em relação ao envenenamento era tamanha que até mesmo seus assessores eram incumbidos de provar os alimentos antes que Bolsonaro os consumisse. Essa prática de segurança foi evidenciada durante o debate eleitoral de 2022, transmitido pela TV Globo, quando Bolsonaro trouxe consigo suas próprias garrafas de água, temendo um possível atentado.
As precauções tomadas por Bolsonaro revelam a dimensão do receio que ele nutria em relação à sua segurança pessoal durante suas viagens internacionais. Embora incomuns, tais medidas foram adotadas para proteger o ex-presidente de possíveis ameaças, reforçando a necessidade de cautela e atenção aos riscos que os líderes políticos enfrentam no cenário global.