A nove meses das eleições municipais, o deputado federal Sargento Isidório, pré-candidato do Avante e líder de pesquisa em Salvador, está preocupado que a cúpula da igreja Assembleia da Deus, da qual faz parte há muitos anos, o expulse para “criar um fato político”, como acusa.
O parlamentar atualmente responde a um processo no Conselho de Ética da instituição. Dentre as punições possíveis, está seu afastamento do quadro de pastores da igreja.
Ao bahia.ba, Isidório afirmou que cobrou explicações de Valdmiro Pereira, responsável pela Assembleia de Deus na Bahia, quando ele acusou um rombo de R$ 2 milhões nas contas da instituição.
“Por que só agora é que ele chega numa reunião com outros pré-candidatos e diz que encontrou um rombo de dois milhões? Quem são os pastores que, segundo ele, recebiam dinheiro com recibo falso? Perguntei a ele formalmente. Agora ele está revertendo o jogo, me perseguindo politicamente”, afirmou Isidório.
De acordo com o parlamentar, o caso está na justiça. Ele reitera: “O que eu não posso deixar de falar é de servir a Jesus e que a Assembleia de Deus não tem um presidente, mas homens e mulheres de Deus espalhados pelos 417 municípios da Bahia”.
O entorno de Isidório acusa o grupo do prefeito ACM Neto e Bruno Reis, ambos do DEM, a pressionar a igreja a expulsar o deputado federal para prejudicá-lo na eleição deste ano.
O deputado estadual Samuel Junior, também da Assembleia de Deus, nega interferência política entre os membros da igreja. “Na nossa igreja não existe interferência de governo nenhum. Nem Bruno [Reis], nem Rui nem Neto. O processo é interno, é questão interna da igreja”, destacou.
De acordo com ele, o resultado do processo contra Isidório no Conselho de Ética pode levar a várias sanções. “Mas nossa igreja não expulsa ninguém”, pontuou.
Bahia.ba