Contrariando a ciência e os mais de 620 mil mortos pela Covid-19, somente no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender publicamente a imunidade de rebanho como melhor maneira para acabar com a pandemia.
Em live transmitida nesta quarta-feira (19), Bolsonaro chegou a dizer que a “melhor vacina” possível era a própria contaminação com o novo coronavírus, que pode deixar sequelas cardíacas, respiratórias e neurológicas.
“A melhor vacina que tem, logicamente alguns podem não resistir a ela, é a própria contaminação. Se eu estou contaminado, estou dispensado por muitos médicos, cientistas, infectologistas que tenho acompanhado, que é dispensar a vacina para quem já contraiu o vírus”, disse o chefe do Executivo.
A tese da imunidade coletiva, além de ser sustentada à custa de milhões de vidas perdidas em todo o mundo, não é correta. Não apenas existem muitos casos de reinfecção do vírus, principalmente com as novas variantes, mas também como o não vacinado pode carregar o vírus e contaminar outras pessoas, ainda que não apresente sintomas da doença.