Pouco antes de ser assassinada, Viviane Silva, 19 anos, chegou a postar uma foto em seu status do WhatsApp na companhia do homem que a mataria minutos depois. A jovem foi atingida por um forte golpe na cabeça e depois afogada em um córrego no Setor Habitacional Água Quente, no Recanto das Emas, na quinta-feira (2/6). O corpo estava seminu quando foi localizado.
A coluna apurou e descobriu que o autor do feminicídio é o pedreiro Antônio da Silva, 40 anos. Na noite do crime, o suspeito, que está preso e passará por audiência de custódia na próxima segunda-feira (6/6), passou na casa da vítima, no Recanto das Emas. O pedreiro dirigia um Celta preto e levou Viviane para um bar em Santo Antônio do Descoberto (GO), onde ele residia.
De acordo com as investigações, câmeras de segurança do estabelecimento flagraram o momento em que ambos chegaram ao bar. As imagens registraram a chegada às 21h39. Exatamente às 22h33, Viviane, que usava muletas porque tinha dificuldade para andar, postou uma foto em seu status do perfil do WhatsApp ao lado do homem que seria o responsável por sua morte. Sorrindo, Antônio da Silva segurava um copo de cerveja.
Depois, as câmeras do bar registram a saída de ambos, às 23h41.
Contradições
De acordo com o delegado-chefe da 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas), Pablo Aguiar, autor e vítima eram conhecidos e já tinham saído juntos, na companhia de outros familiares da vítima. “Ele foi preso em razão de diversas contradições apresentadas. Foi a primeira vez que eles saíram juntos sozinhos”, disse.
O pedreiro contou ter ido com a vítima para um parque de diversões, em Santo Antônio do Descoberto. Ele relatou que deixou Viviane com um casal e um rapaz. Porém, testemunhas afirmaram que apenas o homem e Viviane estavam no parque e não havia mais ninguém com eles.
“O celular da vítima foi localizado nas proximidades do córrego. A única digital no aparelho era desse suspeito. Ele pegou o celular da jovem e arremessou na mata. Diante das contradições, foi autuado por homicídio qualificado”, completou o delegado.
Entenda o caso
Familiares e amigos próximos da vítima ficaram quase 24h sem notícias da jovem antes da confirmação do assassinato. Segundo parentes, a última informação que tiveram da jovem era de que ela tinha saído de casa às 21h de quarta-feira (1º/6) para um bar na companhia de um colega. Depois, não conseguiram mais contato.
A cunhada da vítima, Vallérya Alves, 22, chegou a publicar nas redes socais que a jovem estava desaparecida. Em postagem, a mulher pediu para que quem tivesse notícias sobre Viviane entrasse em contato.
“Ficamos muito desesperados, e procuramos por todo canto. Só sabíamos que ela tinha saído com um colega. Depois, ele foi embora, e ela ficou com outros dois homens em uma praça. Só fomos saber dela na quinta-feira, às 18h, e a notícia era de que já estava morta”, lamenta Vallérya.
Segundo a PCDF, duas jovens encontraram o corpo e avisaram o ocorrido a um homem que procurou pela ajuda de um policial militar. A jovem foi enterrada neste sábado (4/6), no Cemitério Campo da Esperança de Taguatinga.
Com informações de coluna Na Mira, do site Metrópoles e do Fato Amazônico.
Imagem: Metrópoles.