Por mais que a arqueologia já tenha realizado muitas descobertas, a Grécia antiga ainda possui muitos segredos escondidos da humanidade. Pesquisadores de Thásos, uma ilha na Grécia, descobriram recentemente 10 restos de esqueletos de arqueiros-lanceiros e de seus parentes. Esta é a primeira descoberta do período protobizantino onde um crânio demonstra evidências concretas de cirurgia cerebral.
Pesquisas da Universidade Adelphi mostraram que os esqueletos fizeram parte do Império Romano do Oriente entre os séculos IV e VII d.C.. As pesquisas mostraram, ainda, que os restos pertenciam a seis homens e quatro mulheres, possivelmente da alta classe social.
O que, de fato, os arqueólogos encontraram?
Além de encontrar os restos de esqueletos, os arqueólogos notaram que os ossos cranianos passaram por cirurgias avançadas. Além disso, também foram identificadas lesões e atividade física em diversas partes dos restos.
O antropólogo Anagnostis Agelarakis disse que, além da novidade, também foi observado um conhecimento médico muito avançado para aquela época. “Os casos de trauma muito graves sofridos por homens e mulheres foram tratados cirurgicamente ou ortopedicamente por um médico/cirurgião muito experiente, com grande treinamento em tratamento de trauma. Acreditamos que tenha sido um médico militar”, afirma Agelarakis.
Para Agelarakis, a cirurgia demandou um grande esforço do profissional, que aparentemente tentava tratar uma infecção. Isso cria a possibilidade de que o indivíduo — que possivelmente faleceu após o procedimento — fosse alguém muito importante para a região de Paliokastro.
O antropólogo ainda afirma que a cirurgia realizada é a mais complexa que já viu em seus 40 anos atuando na ciência antropológica.
Outras evidências importantes
Em 2019, outra evidência de cirurgia cerebral foi encontrada em um crânio, também da Grécia Antiga. Esta foi encontrada na Turquia e os pesquisadores acreditam que o procedimento foi realizado para o tratamento de uma dor de cabeça.
A mesma suposição em relação à classe social foi associada ao crânio grego antigo encontrado na Turquia. “O local do enterro e a arquitetura da igreja monumental funerária, e a construção dos túmulos, são espetaculares”, admirou-se Agelarakis.
Apesar de serem ossos muitos antigos, os pesquisadores dizem que as lesões e cirurgias trouxeram grandes evidências de que havia assistência médica na região. Além disso, as pesquisas ajudaram a revelar quais habilidades médicas foram utilizadas na época.