Um homem negro em situação de rua foi morto por estrangulamento dentro de um vagão do metrô de Nova York, nos Estados Unidos, na tarde de segunda-feira (1º). O incidente ocorreu na estação Broadway-Lafayette após uma briga que ainda não teve sua dinâmica esclarecida. Vídeos do momento da agressão circularam nas redes sociais e mostram a vítima, identificada como Jordan Neely, de 30 anos, sendo atacada por um passageiro, cujo nome não foi divulgado, mas que tem 24 anos.
De acordo com informações da polícia, o agressor interveio quando Neely estaria ameaçando e assediando outros passageiros. Uma luta física se iniciou e a vítima perdeu a consciência, sendo levada com urgência para o hospital Lenox Hill, onde foi declarada morta. A narrativa do agressor, de que agiu em legítima defesa, está sendo corroborada por outros passageiros presentes no vagão.
A polícia informou que Neely era um reincidente no metrô, com 44 prisões anteriores por agressão, conduta desordeira e sonegação de tarifa. Ele também estava sendo procurado para interrogatório por supostamente ter se envolvido em um ataque em novembro de 2021. A vítima sofria de doenças mentais.
O ex-chefe de detetives da polícia de Nova York, Robert Boyce, acredita que o agressor agiu em legítima defesa. No entanto, o controlador da cidade de Nova York, Brad Lander, expressou sua indignação no Twitter e defendeu que o homem que estrangulou Neely deve ter consequências por seu ato.
Internautas repudiam o estrangulamento de Nelly (que era um homem negro em situação de rua)
Internautas nas redes sociais afirmaram que o crime não teria ocorrido se a vítima fosse branca. “Jordan Neely, um homem negro com problemas mentais, foi linchado esta semana no metrô de Nova York porque era visto como uma ameaça e alguém cuja vida era descartável. Seu assassino — um homem branco — permanece sem acusação”, escreveu um usuário. “O assassinato de Jordan Neely personifica as falhas de nossa sociedade”, constatou outro. “Jordan Neely deveria estar vivo”, lamentou um terceiro.