Três brasileiros foram presos no aeroporto de Bangkok, na Tailândia, por suspeita de tráfico internacional de drogas, na última semana. Com eles foram apreendidos 15,5 quilos de cocaína, segundo as autoridades tailandesas. O crime pode ter pena até de morte no país.
Os suspeitos foram identificados como Mary Hellen Coelho Silva, 21 anos, de Pouso Alegre (MG) e Jordi Vilsinski Beffa, 24 anos, de Apucarana (PR). O homem de 27 anos não teve nome divulgado. O Itamaraty afirmou que a embaixada em Bangkok acompanha o caso.
As prisões aconteceram em dois momentos diferentes. Primeiro, foram presos o homem de 27 anos e Mary Hellen, que saíram de Curitiba e, após escalas, chegaram à Tailândia na manhã de segunda (14).
Os funcionários desconfiaram de itens ao passar a bagagem deles no raio X. Ao revistar as três malas, acharam 9 quilos de cocaína escondidos em um compartimento oculto.
Horas depois, o rapaz de Apucarana, que chegou em outro voo, foi preso com drogas. Não foi informado se os três se conheciam e agiam juntos de alguma maneira. Jordi levava 6,5 quilos de cocaína escondidos em duas malas.
Família quer ajuda
A irmã de Mary Hellen diz que a família não tem informações sobre a jovem e pede ajuda das autoridades brasileiras. “Nosso objetivo é que ela não pegue a prisão perpétua ou pena de morte”, diz Mariana Coelho em entrevista ao G1. Acho que ninguém tem direito de tirar a vida de ninguém. Pagar com a vida é muito forte, né? Uma menina de 22 anos é muito jovem”.
A própria Mary Ellen informou à família da prisão, por um áudio em aplicativo de mensagens. “Ela me mandou um áudio desesperada falando que tinha sido presa na Tailândia. Pediu para eu ajudar ela de alguma forma, entrar em contato com a embaixada brasileira. Só que eu não tinha noção da dimensão daquilo, não sabia da gravidade. Pra mim, ela estava viajando para Curitiba atrás de algum namorado, estas coisas que os jovens fazem”, disse.
Ao pesquisar o assunto, ela percebeu a gravidade da situação da irmã por conta da severidade das penas na Tailândia. A mãe de Mary, que sofre com um câncer, passou mal e foi hospitalizada ao saber da prisão.
“Ela trabalhava com carteira assinada em uma churrascaria da cidade. Ela tinha o serviço dela, tudo certinho. A gente não sabe o que levou ela a fazer isso. A gente ficou em estado de choque, estamos desesperados”, acrescenta a irmã. A família tem um advogado no Brasil e está procurando ajuda na Tailândia.
Já os pais de Jordi preferiram não comentar o caso. Disseram que conversaram com ele rapidamente antes dele seguir para prisão, apenas, e não têm mais informações.