No último sábado (7), o brasileiro Rafael Zimerman viveu momentos de terror inimagináveis em um festival ao ar livre próximo à fronteira com Gaza. O que começou como uma noite de celebração rapidamente se transformou em um pesadelo quando o grupo extremista armado Hamas lançou ataques ferozes. Em questão de minutos, Rafael se viu preso em um bunker, cercado por granadas e gás.
A situação tornou-se tão desesperadora que Rafael precisou tomar uma decisão extrema para garantir sua sobrevivência: ele se fingiu de morto durante horas.
“Vi muitas pessoas em chamas e não podia arriscar sair do bunker, pois a probabilidade de encontrar um terrorista era imensa. Então, optei por simular minha própria morte por várias horas”, relembra Rafael.
Atualmente hospitalizado, Rafael carrega as marcas dos estilhaços nas costas, lembranças físicas de um evento traumático. “Éramos apenas jovens em uma festa, celebrando a vida. E, de repente, aqueles que desejam a morte interromperam tudo”, lamenta.
Rafael não estava sozinho nessa angustiante situação. Ele estava acompanhado pelo casal de brasileiros Ranani Nidejelski Glazer e sua namorada, Rafaela Treistman. Tragicamente, Ranani é um dos três brasileiros que ainda estão desaparecidos na região.
Rafaela compartilha a memória aterradora de Ranani alertando-a para não olhar, pois havia pessoas mortas ao redor deles e estavam usando os corpos como escudo humano para evitar serem alvejados por tiros.
Rafael recorda, entre lágrimas, que seu amigo tentou desesperadamente devolver as granadas lançadas pelos agressores para fora do bunker, mas os esforços foram em vão, pois os terroristas haviam tomado o controle da situação.
Esse incidente chocante serve como um lembrete sombrio das tensões na região e dos perigos iminentes enfrentados por civis inocentes. A comunidade internacional continua a acompanhar de perto os eventos na área e busca soluções para evitar mais tragédias como essa.
📸 Reprodução/Rede globo.