O Fluminense de Feira pode anunciar nas próximas horas a contratação do goleiro Bruno Fernandes, de 35 anos, que está em regime semiaberto desde julho de 2019, quase nove anos após a morte da então modelo Elizia Samúdio em 2010. A informação foi confirmada na manhã desta sexta-feira (3/1) à reportagem do Aratu On pelo presidente do clube, o deputado estadual Pastor Tom.
Segundo ele, a negociação foi iniciada nesta semana e deverá ser definida até a próxima segunda-feira (6/1). Ao ser questionado sobre uma possível repercussão negativa em torno da contratação do goleiro, o gestor foi taxativo.
“Quem sou eu para julgar alguém que já esteve preso por 9 anos? Vejo o governo o tempo todo investido para ressocializar o ser humano que um dia foi envolvido em um crime, que está arrependido e quer voltar para a sociedade, então não vou condenar ninguém. Se dentro de campo ele atender, vestir a camisa do Flu com respeito, dedicação… não vejo motivo nenhum para não aceitá-lo. Estamos analisando a contratação com calma”, ressaltou.
Ainda segundo Pastor Tom, empresários de Feira de Santana, a 110 km de Salvador, já foram acionados para ‘bancar’ a contratação. O gestor, no entanto, não divulgou valores, tampouco salário. “Isso eu não posso dizer, porque ainda estamos acertando a viabilidade da negociação. Temos interesse, sim. Já estamos em contato com o próprio Bruno há três dias consecutivos. Passamos o calendário do Campeonato Baiano, tudo isso pra ele analisar. O objetivo é que, caso dê tudo certo, ele faça sua estreia dia 22” O Touro do Sertão enfrenta o Jacobina no primeiro jogo.
HISTÓRICO
Bruno foi preso em setembro de 2010 e condenado em março de 2013. Ele também havia sido condenado por ocultação de cadáver, mas esta pena foi extinta, porque a Justiça entendeu que o crime prescreveu sem ser julgado em segunda instância. As penas válidas somadas, então, são de 20 anos e 9 meses. Atualmente, o goleiro cumpre pena em regime semiaberto domiciliar em Varginha, onde está desde abril de 2017.
O clube mineiro Poços de Caldas foi o último time em que o goleiro trabalhou. A contratação durou cerca de dois meses e apenas 45 minutos de jogo. O contrato dele com o time foi rescindido em comum acordo. Segundo o presidente do clube, Paulo César Silva, o contrato não era viável para nenhuma das partes envolvidas. Bruno tinha um salário incompatível com a realidade do Poços de Caldas e estava com salários atrasados.
por: camila Fontes Barreto
Via:observadorindependente