A Polícia Civil prendeu em flagrante um homem de 19 anos, suspeito da morte de quatro cães, em Campos Novos, no estado de Santa Catarina. No momento em que foi encontrado pelos policiais, ele havia acabado de tentar matar a pedradas mais um animal, que acabou salvo a tempo.
Nesta terça-feira, o juiz Eduardo Bonnassis Burg, da Vara Criminal de Campos Novos, converteu a prisão em flagrante em preventiva e determinou exame de sanidade mental do homem, que não teve sua identidade revelada. Segundo informações divulgadas pelo Tribunal De Santa Catarina, ele seria esquizofrênico.
A prisão pode elucidar o mistério acerca do desaparecimento de cachorros de rua que acontece há meses no município de Campos Novos. Voluntários de uma sociedade protetora dos animais da cidade contaram 27 cachorros desaparecidos nos últimos seis meses.
— Imaginávamos que as pessoas estavam adotando os animais e os levando para sítios da região. Isso porque quando um animal aparece atropelado, é nós que somos chamadas. Se aparecem mortos ou doentes, também. Então era essa a nossa suspeita — conta a advogada Laís Eufalia, que faz parte do grupo ANA, que cuida dos animais de rua da cidade.
Foram voluntárias do grupo ANA que começaram a investigar o caso. No dia 8 de março, Laís Eufalia passeava com seu cachorro na rua quando se deparou com um homem, que levava preso em uma corrente, um vira-lata conhecido da ONG, de nome Mousse.
Ela questionou o homem acerca de suas intenções quanto aos cachorros, que se recusou a responder e apenas seguia adiante, ignorando a mulher. No mesmo dia, à noite, o grupo ANA recebeu denúncias de que duas patas de cachorro teriam sido encontradas nos arredores de um ginásio da cidade.
A identidade do suspeito foi revelada às voluntárias quando uma delas comentou sobre o caso com sua empregada doméstica. Pelo relato da patroa, a mulher percebeu que o homem que Laís havia encontrado no dia anterior na rua era seu próprio filho.
A mãe contou que havia deixado a própria casa meses antes por ter medo do jovem, que seria esquizofrênico. Segundo ela, o filho andava na rua com facas e forjava uma espada no quintal de casa, além de fazer ameaças a conhecidos da família. De acordo a mãe, ela já havia tentado internar o jovem em uma clínica psiquiátrica, mas sem sucesso.
No dia 9 de março um boletim de ocorrência foi registrado e, no dia seguinte, a polícia foi à casa do jovem, em um terreno onde outros de seus familiares também moram. Nada foi encontrado no lugar.
No entanto, nesta segunda-feira, a Polícia Civil foi alertada por familiares de que o jovem mantinha um coração de cachorro guardado em um pote de conserva em sua casa. Após a apreensão do recipiente, entregue à Polícia Civil por um familiar do homem, uma outra parente avisou às autoridades que o jovem teria acabado de chegar em casa com um cachorro preso a uma corda.
Ao chegar no local, os policiais encontraram o homem acompanhado apenas de seu próprio animal de estimação. Na corda, porém, haviam vestígios de sangue, bem como em suas roupas e mãos.
Questionado pelos policiais, ele acabou por confessar ter matado um animal e apontou o local do crime. No lugar indicado pelo jovem, a equipe de policiais encontrou uma pedra, manchada de sangue.
Ao chegar no local, os policiais encontraram o homem acompanhado apenas de seu próprio animal de estimação. Na corda, porém, haviam vestígios de sangue, bem como em suas roupas e mãos.
Questionado pelos policiais, ele acabou por confessar ter matado um animal e apontou o local do crime. No lugar indicado pelo jovem, a equipe de policiais encontrou uma pedra, manchada de sangue.