Grupos de caminhoneiros vêm trocando mensagens em grupos de WhatsApp para a convocação de uma greve no dia 1º de fevereiro. Em assembleia realizada na quarta-feira, dia 13, à noite, entidades representativas do setor, como o Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e a Associação Nacional do Transporte Autônomos do Brasil (ANTB), confirmaram a resolução a respeito da paralisação. “Vamos parar nacionalmente e a paralisação dessa vez vai ser maior do que a de 2018”, diz José Roberto Stringasci, presidente da ANTB.
Uma das principais reinvidicações da categoria é o cumprimento do preço mínimo do frete, medida estabelecida entre os caminhoneiros e o governo durante a greve de 2018. Empresas de alguns setores da economia, como o agroegócio, entraram com recurso, mas a ação ainda não foi julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Os caminhoneiros também alegam que o aumento do preço do diesel, que passou por 17 altas em 2020, vêm impactando a margem de lucro, e pedem uma revisão da política nacional do preço de combustíveis.
No Brasil, os preços são regidos pelo PPI (Preço e Paridade de Importação), criado em 2016, em uma composição que leva em conta as cotações internacionais do petróleo, em dólar, e os custos dos importadores. As associações dos caminhoneiros pedem uma mudança nessa política, determinada pela Petrobras, para que o diesel fique mais em conta.
O clima é de descrédito em relação à real possibilidade de uma greve, já que o setor estaria dividido e sem boa capacidade de organização. Em 2019 e no ano passado, a categoria tentou organizar greves nacioniais, sem sucesso.