Um cachorro morreu no último dia 16 após ter sido atingido por um artefato explosivo lançado por um instrutor do Centro de Instrução Especializada (Ciesp) durante curso ministrado no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. A bomba foi mordida pelo animal, um vira-lata preto e branco que estava rondando o local das aulas e não pertencia à secretaria. A Polícia Civil investiga a informação de que o artefato teria sido jogado contra o cão de propósito por um dos policiais penais que ministravam o curso.
Um inquérito foi aberto pela 11ª DP (Rocinha) após agentes da unidade terem recebido nesta sexta-feira uma denúncia do RJ PET, Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento. Os envolvidos no episódio ainda serão intimados a prestar depoimento. O caso também está sendo investigado pela corregedoria da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).
Em nota, a Seap informou que o procedimento apuratório foi aberto após o secretário Fernando Veloso tomar conhecimento dos fatos. O coordenador do centro de instrução e o policial penal que teria atirado o artefato no animal foram afastados. “A Seap reitera que repudia e não compactua com maus tratos contra animais e, concluída a investigação, os responsáveis serão punidos administrativa e criminalmente”, acrecentou a secretaria em nota.
Em vídeo do curso postado no Instagram por um dos instrutores do curso mostra o cachorro em meio aos alunos durante o treinamento. Em uma das imagens, o cão corre entre os alunos durante um exercício com armas de fogo. O animal usava uma coleira e seria de um morador da região.
A secretaria informou ainda que há outras duas sindicâncias em curso, conduzidas pela corregedoria da Seap, para apurar outros dois incidentes no curso de formação. A pasta não deu detalhes sobre os casos, que seguem em apuração.
Por Carolina Heringer – Extra.globo