O Brasil registra avanços significativos na cobertura vacinal infantil, conforme revelado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira. O balanço aponta aumento na aplicação de oito vacinas recomendadas para crianças com um ano de idade, de janeiro a outubro deste ano, em comparação ao mesmo período de 2022.
Entre as vacinas beneficiadas estão aquelas contra hepatite A, poliomielite, pneumocócica, meningocócica, DTP (difteria, tétano e coqueluche), tríplice viral (1ª e 2ª doses) e febre amarela. Os dados revelam elevação na vacinação em todos os estados, com percentuais variando de 61,6% a 85,6% de cobertura.
A exceção fica por conta da vacina contra varicela, cuja procura diminuiu devido a problemas de segurança no maior fornecedor mundial, interrompendo o abastecimento no segundo semestre de 2023.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, atribui esses resultados ao Movimento Nacional pela Vacinação, lançado em fevereiro pelo governo. Estratégias como repasse de R$ 151 milhões para estados e municípios, vacinação nas escolas em 3.992 cidades, ampliação do horário das salas de imunização e busca ativa de não vacinados contribuíram para reverter a queda nas coberturas vacinais desde 2016.
A pasta destaca ainda o crescimento de 30% na aplicação da vacina contra o HPV, combatendo a queda registrada nos últimos anos. O diretor do Programa Nacional de Imunizações, Eder Gatti, ressalta a importância dessa vacina, associada a mais de 90% dos casos de câncer de colo do útero e ânus.
A melhoria nas coberturas vacinais representa um passo crucial na defesa da vida, conforme destaca a ministra Nísia Trindade. O governo reafirma seu compromisso com a promoção da saúde e enfatiza que vacinas e água tratada são fundamentais para reduzir a mortalidade infantil e elevar a expectativa de vida.