Segundo a R7 Planalto,Thiago Nolasco, da Record TV, com Mariana Londres
O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira (31) a medida provisória que estabelece o reajuste do salário mínimo, que entrará em vigor em 1º de janeiro. O valor do mínimo será de R$ 1.039, oito reais acima do valor aprovado pelo Congresso no orçamento, que era R$ 1.031.
Em relação ao valor de 2019, o reajuste ficou em 4,1%. Ou seja, foi corrigido pela inflação, sem ganho real.
Inicialmente, o piso nacional para 2020 seria de R$ 1.040. Depois, ele passou para R$ 1.039 e, em novembro, sofreu nova redução chegando a R$ 1.031. Essas alterações ocorrem em função da expectativa de inflação para o ano, que sofre alterações.
De acordo com o Ministério da Economia, o reajuste do mínimo preserva o poder de compra do trabalhador. A pasta explica que a diferença de 8 reais em relação ao orçamento aprovado pelo Congresso se deve pela recente alta do preço da carne, que pressionou a inflação, gerando “uma expectativa de INPC [índice que corrige o mínimo] mais alto, o que está refletido no salário mínimo de 2020”.
O ministério completa dizendo que pelo valor ter ficado acima do patamar anteriormente estimado, serão necessários ajustes no orçamento que garantam o cumprimento do teto de gastos.
Mínimo deveria ser de R$ 4.021,39, segundo Dieese
Em novembro, de acordo com o Dieese, o salário mínimo para suprir as reais necessidades do trabalhador deveria ser de R$ 4.021,39 ou 4,03 vezes o mínimo atual de R$ 998. Em outubro de 2019, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 3.978,63, ou 3,99 vezes o mínimo vigente.
Em novembro de 2018, o valor necessário foi de R$ 3.959,98, ou 4,15 vezes o salário mínimo, que, na época, era de R$ 954.
Como é calculado o mínimo ideal?
Para calcular a estimativa de quanto deveria ser o mínimo nacional, o Dieese considera a cesta básica mais cara de 17 capitais.
Também são levadas em conta as necessidades básicas do trabalhador e de sua família, conforma estabelece a Constituição Federal: alimentação moradia, saúde, higiene, educação, vestuário, lazer, transporte e Previdência Social.
O maior valor da cesta básica registrado em novembro foi em Florianópolis (R$ 478,68), seguida de São Paulo (R$ 465,81), Vitória (R$ 462,06) e Rio de Janeiro (R$ 455,37). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 325,40) e Salvador (R$ 341,45).
Via:r7