Ouvir as demandas e planejar uma política pública integrada de acesso à saúde, educação, assistência, esporte, cultura, e outras mais, para pessoas com deficiência intelectual e múltiplas. Esse foi o objetivo do diálogo entre as Secretarias de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) e de Saúde (Sesab), com a presidente da Federação das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) da Bahia, Moana Meira, e sua equipe. A agenda aconteceu na manhã desta quarta-feira (29), em Salvador.
A Apae é uma Organização Social filantrópica, sem fins lucrativos, que tem a finalidade de prestar assistência integral às pessoas com deficiência intelectual e múltiplas (visual, auditiva, física, psicossocial). Na Bahia, são 79 Apaes, espalhas pela capital e interior, um movimento social com mais de 70 anos de história, que tem transformado a vida de pessoas com deficiência de seus familiares.
“Esse momento de escuta para planejar e identificar como todas as áreas de governo podem se conectar com a Federação para organizar melhor a demanda, fortalecer, ampliar e promover o acesso a direitos desse grupo social no estado, é uma prioridade do Governo da Bahia. Dialogar com a Federação, facilita o caminho para escalonar as demandas e montar um diagnóstico para planejar uma ação intersetorial, em longo prazo, o que viabilizará organizar melhor nossa atuação e saber como cada unidade está funcionando e do que precisam para continuar e ampliar a assistência dada a essas pessoas”, explica Felipe Freitas, secretário da SJDH.
A Apae é uma das 12 instituições contempladas no Edital N°001/2024 da SJDH, através da Superintendência dos Direitos das Pessoas com Deficiência (Sudef), cujo objetivo foi selecionar Organizações da Sociedade Civil com linhas de ações de custeio e promoção dos direitos das pessoas com deficiência e em situação de vulnerabilidade econômica no Estado. Uma das unidades, a de Maragogipe, já ganhou esse reforço, com a assinatura do Termo de Colaboração com a SJDH no dia 15 de maio último. A Cooperação destina R$ 80 mil para o fortalecimento de ações de apoio, promoção da diversidade e inclusão das pessoas com deficiência no município.
“Vocês são anteparo da rede, estão na ponta do dia a dia. Por isso, a gente aproveita de forma muito sábia essa conexão com vocês para potencializar a assistência à essa população, seja no âmbito da saúde, educação, esporte, etc. Então, montarmos esse diagnóstico para identificarmos onde estão essas Apaes, como elas têm funcionado, que tipo de suporte recebem, do que precisam em termos de equipamentos, patrimônios, de acesso à rede para encaminhamentos, por exemplo, é essencial para estruturamos políticas públicas mais qualificadas”, esclarece Roberta Santana, titular da Sesab.
Com a missão de prevenir, cuidar, promover a inclusão e defesa dos direitos das pessoas com deficiência intelectual e múltipla, do nascer ao envelhecer, Mona Meira afirma que esse momento de diálogo “só engrandece a causa e muito contribui para que a rede das Apaes se fortaleça e se multiplique no Brasil inteiro”.
“Somos um movimento social consolidado, que nasceu da força de um grupo de amigos e pais. Só na Bahia, atendemos quase 23 mil pessoas com deficiência. Queremos conectar toda essa rede com os diversos campos da assistência; discutir com faculdades a formação de profissionais de fonoaudiologia e psicologia para melhor atender às complexidades que envolvem o nosso público; discutir transportes acessíveis e inclusivos; ou seja, são muitos os desafios e caminhos a debater e estamos muito felizes com essa oportunidade”, declara a presidente da Federação das Apaes da Bahia.
O superintendente dos Direitos da Pessoa com Deficiência/SJDH, Alexandre Baroni; gestores da SJDH e da Sesab, também acompanharam a agenda.
Fonte: Ascom/SJDH