O reggae foi a batida da noite desta terça-feira (13) de Carnaval no Largo Quincas Berro d’Água, com a apresentação da banda baiana Adão Negro. Veteranos e pioneiros no segmento, com quase três décadas de trajetória profissional, o grupo tem um público fiel, que lotou o Pelourinho para curtir um show memorável de quase duas horas.
“A gente busca permanecer fiel aos ideais que sempre nortearam nosso repertório”, salientaram os músicos. “As canções são nosso manifesto na luta de combate à intolerância e às injustiças sociais”, acrescentaram.
O estudante Vinícius Salles Costa disse ter o hábito de percorrer a Bahia atrás do Adão Negro. “É quase uma religião. Esses caras abriram minha mente para muitas questões. Coisas que em casa não conversava, consegui sacar através das músicas deles”, afirmou.
Acompanhando a filha e amigas, Germano Freitas contou que sempre marca presença nas apresentações do Adão no Centro Histórico. “Venho trazendo elas, mas, na verdade, quem se diverte sou eu”, brincou. “Aqui no Pelourinho é o único lugar que uma festa como essa, com tanta gente, acontece com segurança e em paz”, celebrou.
A banda festejou o fato de estar no palco do Largo Quincas Berro d’Água no Carnaval desta terça-feira de Carnaval. “É muito simbólico. Começamos a tocar no Pelourinho em 1996. Aqui é o início de tudo”, relembraram os artistas. Para eles, o Centro Histórico tem uma energia única para quem se apresenta nele. “É o palco da diversidade, da mistura, da conexão genuína entre o público e o artista”, disseram.