No final da noite desta terça-feira (13), os foliões que lotaram o Largo Quincas Berro d’Água estavam sem pressa para a festa acabar. O cantor e compositor baiano Paulinho Boca fez um show daqueles que entraram para o rol das performances memoráveis deste Carnaval. Com repertório repleto de sucessos, especialmente do grupo Novos Baianos, do qual é fundador e integrante entre as décadas de 1960 e 1970, Paulinho não deixou ninguém parado neste último dia de folia.
A animação era visível entre soteropolitanos e turistas, que, embora já saudosos, afirmavam ter pique e disposição para mais festa. Aline Maciel era uma dos que queriam mais. “Muito chato toda festa ter seu fim. Mas, pelo menos, estou encerrando com Paulinho e Novos Baianos”, brincou.
Para Elielson Nogueira Neto, do Subúrbio Ferroviário, estar no Pelourinho nesta terça (13) de Carnaval foi uma escolha acertada. “O melhor circuito é o Batatinha. Tem micro trio, tem palco grande, palco menor. Vi policiamento o tempo todo. Os jovens se divertem, os mais antigos também”, analisou. “E esse show de Paulinho Boca está um verdadeiro espetáculo”, enalteceu.
Aos 77 anos, Paulinho permanece com a mesma vitalidade do início da carreira, há mais de cinco décadas. Bem humorado, elegante e conectado com o público, o cantor fez um show que trouxe de volta o clima e a efervescência cultural que tomou conta do mundo nos anos de 1970 e celebrou o fato de estar no Pelô. “Que maravilha estar aqui, com esse público tão plural e amoroso”, afirmou. “O Pelourinho é a verdadeira essência do Carnaval da Bahia, democrático, criativo e sempre com um olhar para o passado e para o futuro”, disse o artista.
Com o tema “50 Anos de Blocos Afro. Nossa Energia é Ancestral”, o Carnaval 2024, promovido pelo Governo do Estado, enaltece um dos principais pilares do Carnaval da Bahia: a herança africana e a expressão afro-brasileira.