“Com 800 músicas inscritas, não é possível que não haja novidades promissoras. Conversei com uma das juradas e ela acredita que há composições inovadoras entre as inscritas, e confio nessa percepção. O festival não só premia como abre portas para o futuro da música baiana. É um compromisso nosso continuar acreditando e investindo na cultura, seja na música, nas artes visuais ou no cinema, como faremos com a Bahia Filmes. Enquanto estivermos dirigindo o estado, garantiremos que essa sintonia cultural permaneça e que festivais como este continuem acontecendo”, concluiu o governador.
Fall Clássico, vencedor na categoria Melhor Música com Letra por “Abre Caminho”, falou sobre a importância do prêmio e do festival: “Para mim é importante porque eu sou um admirador da Rádio Educadora também. E aí ter minha música participando, tocando na rádio é importante porque me faz acreditar que eu estou no caminho certo com as minhas produções, com a minha arte”.
Outro vencedor da noite, Paulo Mistro, premiado na categoria Melhor Arranjo de Música com Letra por “Cruz Caída”, destacou o significado da premiação para sua trajetória: “Para mim é um sonho, cinco anos estudando arranjo na UFBA. E antes disso a vida toda de música, de arranjo, de aprender instrumento novo, de compor, para mim é só uma alegria.”
Novos Baianos
Fã dos Novos Baianos, Margarida Faria, 72 anos, relembrou a emoção de acompanhar a banda: “Eu vim renascer esses momentos felizes que eu passei há muitos anos. Estou renascendo de novo.” Ela também destacou a importância do festival para a música: “É muito importante para esses jovens. Festival é oportunidade desde a época de Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal. Então, isso é importantíssimo para a mente dos jovens isso é fenômeno, é maravilhoso.”
O público compareceu em peso para a apresentação dos Novos Baianos. Paulinho Boca de Cantor lembrou da importância do espaço na história do grupo. “A Concha é o nosso lugar, é a nossa casa. A gente, quando morava fora, todo ano tinha o show de verão dos Novos Baianos aqui e aconteceram coisas incríveis. Até pouco tempo era nosso o recorde de público aqui. Passou esse tempo todo, cada um foi fazer as suas coisas e aí a Concha volta na vida da gente, na reinauguração em 2016, a Concha serviu de novo para juntar a gente”.
Premiação
O Festival de Música da Educadora FM distribuiu R$ 300 mil em prêmios, consolidando-se como a maior premiação de um festival de música do Brasil. “Mais um grande festival, valorizando quem está produzindo música na Bahia, estamos falando aí de 814 músicas, mais de 5 mil pessoas envolvidas diretamente na produção dessas músicas e participando do festival, agora 50 músicas tocando na rádio, entrando na playlist e levando música de qualidade do interior, da capital”, avaliou com Flávio Gonçalves.
Os vencedores se destacaram em diversas categorias. Na votação popular, “Xote”, de Luana Guimarães, foi eleita a Melhor Música com Letra, e “Alquimia”, de Igor Gnomo, venceu como Melhor Música Instrumental. Ldson Galter recebeu o prêmio de Melhor Instrumental com Arranjo por “Juju de Belenguetengue”, e “Exu Não é o Diabo”, de Tiago Marinho, venceu na categoria de Melhor Música Instrumental.
Mistro foi premiado em Melhor Arranjo de Música com Letra por “Cruz Caída”. O grupo Samba pra Rua conquistou o prêmio de Melhor Intérprete de Música com letra com “Sete Toques para Ogum”. Na categoria de Melhor Intérprete Instrumental, o destaque foi para o Coletivo Rumpilezzinho, com “LSD – Laboratório de Soluções Desconstrutivas”.
A secretária Rowenna Brito ressaltou a importância da música na formação dos jovens e disse que no próximo ano será criada também a categoria Estudantes. “A gente vai ter uma novidade, uma categoria de estudante, que é para trazer a juventude para olhar e conhecer a boa música, conhecer os bons músicos Música é educação. A gente na escola debate temas, constrói com os estudantes espaços de inovação para que eles possam também se inspirar nesse festival.”
Repórter: Raul Rodrigues/GOVBA