Começou nesta terça-feira (10) o 9º Encontro Estadual de Mulheres Rurais da Bahia, realizado no Real Classic Bahia Hotel, em Salvador. O evento reúne 220 mulheres dos 27 Territórios de Identidade. Agricultoras familiares, assentadas da Reforma Agrária, quilombolas, indígenas, ciganas, pescadoras, marisqueiras, ativistas LGBTQIAP+ e outros grupos participam da programação, que segue até quinta-feira (12).
Com o tema “Saúde das mulheres rurais para o bem viver”, o encontro é promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e pela Secretaria de Políticas paras as Mulheres do Estado (SPM). O objetivo é debater temas como agroecologia; saúde mental; equidade de gênero; inclusão produtiva; e enfrentamento à violência contra a mulher.
A iniciativa integra a 15ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, que ocorre de 11 a 15 de dezembro, no Parque Costa Azul, também em Salvador.
Abertura – A solenidade de abertura contou com a presença de diversas autoridades, entre elas a secretaria das Mulheres do Estado, Neusa Cadore; a professora, primeira-dama do estado e presidenta das Voluntárias Sociais da Bahia (VSBA), Tatiana Veloso; a secretária de assistência e desenvolvimento social da Bahia (Seades), Fabya Reis; o secretário de desenvolvimento rural, Osni Cardoso; e a superintendente de inclusão socioprodutiva da SPM, Luciana Mota.
A secretária Neusa Cadore destacou a importância do evento. “O encontro é um espaço de diálogo e capacitação, com foco na valorização da mulher rural. É essencial discutir políticas públicas e o protagonismo das mulheres no campo para transformar realidades”, destacou.
A professora Tatiana Veloso também ressaltou a relevância da iniciativa. “Garantir direitos como educação, habitação e cultura para as mulheres rurais é um passo essencial para enfrentarmos as desigualdades. Este encontro é uma oportunidade de fortalecer essas ações e valorizar a organização feminina no campo”.
O secretário Osni Cardoso enalteceu o papel das mulheres na produção rural. “As políticas do campo precisam passar pelas mulheres. Elas são protagonistas em iniciativas de produção orgânica e sustentável e é nosso dever fortalecer essas práticas”.
Silvia Regina, artesã de bonecas de pano da cidade de Camamu, falou sobre as suas expectativas. “Além do conhecimento, é um horizonte que se abre. Debater políticas públicas e trocar experiências é enriquecedor”. Maria da Glória, de Caculé, que produz biscoitos de mandioca, também expressou seu entusiasmo. “É uma oportunidade de aprendizado e de trazer um pouco as necessidades das mulheres do campo”.
Programação – A programação de hoje incluiu, dentre outras atividades, práticas integrativas e terapias para fortalecer a autoestima e o empoderamento das participantes, além do lançamento do livro “Catucha e a Fada Quitéria”, de Rosana Paulo. Durante o encontro será elaborada uma carta com demandas e propostas para superar os desafios enfrentados pelas mulheres rurais da Bahia.
Fonte: Ascom/SPM